O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desistiu da ideia de prender quem descumprisse as medidas de isolamento social no Estado.
Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes, ele sugeriu que fosse criada uma “corrente de amor” e disse que os órgãos de fiscalização começariam um trabalho de orientação educativa a comércios e serviços que não cumprissem a quarentena imposta pelo seu governo.
O tucano disse que o aumento no nível de isolamento social verificada nos últimos dias fez com que ele mudasse de idéia.
Doria foi muito criticado por apoiadores do presidente Bolsonaro, que é contra a qualquer tipo de isolamento social para toda a população, por ter citado a hipótese de prisão àqueles que desobedecessem às determinações do governador.
No fim de semana o advogado-geral da União, André Mendonça, ter dito que recorreria à Justiça caso fossem adotadas pelos governadores dos estados medidas de prisões que, segundo ele, “abrem caminho para o abuso e o arbítrio“.
Doria também anunciou a criação de forças-tarefas da Vigilância Sanitárias que vão fiscalizar o estabelecimentos comerciais "não-essenciais" e locais que costumam ter grande concentração de pessoas, por meio de rastreamento de celulares, com o apoio das principais operadores de telefonia.
Constatada a concentração de pessoas, elas serão orientadas a se dispersar e o estabelecimento a baixar as portas. E em caso de reincidência deste, a fiscalização da prefeitura local será acionada para autuá-lo ou interditá-lo.