O Instituto Cão Sem Dono realizou um mutirão de atendimento veterinário em Diadema, junto com a ativista Priscila Taipas, Edval da Farmácia e apoio do deputado estadual, Fábio Faria de Sá, e contou com mais de 600 animais atendidos, segundo Rafael Rodrigues, presidente da instituição. A meta foi alcançada, proporcionando castração, vacinas e cuidados essenciais, segundo Rafael. "Cada animal atendido significa menos procriação, menos problema de saúde e benefício para toda a comunidade, já que muitas doenças transmissíveis são prevenidas", afirma Rodrigues.
Com 20 anos de atuação, o Instituto iniciou abrigando animais de rua, mas percebeu que o impacto maior está em atuar diretamente nas comunidades, promovendo mutirões em locais como Jabaquara e Diadema. A organização tem capacidade para atender até 1000 animais por dia, dependendo do convite feito por líderes comunitários ou políticos. "Quem nos convida, a gente vai para fazer o trabalho", reforça o presidente.
Rodrigues ressalta a importância da castração não só para evitar a procriação descontrolada, mas também para prevenir tumores, com destaque para câncer de mama e próstata, doenças comuns em animais não castrados. "A castração previne tumores que muitas pessoas nem sabem que existem. Sem castração, temos ninhadas que acabam sendo abandonadas, o que gera sofrimento e problemas à saúde pública", explica.
“Imagina, uma consulta a R$ 50, vacina R$ 80 ou R$ 90, ração, vermífugo; famílias deixam de gastar no mínimo R$ 300. O Estado não consegue oferecer castração para todos. Em Diadema, não há mutirões frequentes. Quem vem aqui economiza até R$ 400, R$ 500, um alívio para quem não tem o dinheiro e evitaria gastos futuros maiores se o animal adoecer. Esse é o objetivo: dar acesso à saúde animal sem gasto”, disse o presidente do Cão sem Dono.
Além do mutirão, o Cão Sem Dono mantém um abrigo para animais que não encontram lar e promove adoções. Rafael enfatiza que a ação também traz alívio financeiro para famílias que enfrentam dificuldades para custear tratamentos veterinários. "Uma consulta, vacina e produtos para cuidados podem custar até R$ 500, que muitas famílias não têm. Nosso mutirão evita esses gastos e previne problemas maiores," conclui.
A iniciativa ganha reconhecimento pelo impacto positivo tanto no bem-estar animal quanto na saúde comunitária, e reflete um importante trabalho de política pública que conta com participação e apoio da comunidade.
