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Parque Jandaia e Jardim Primavera sofrem com descaso da prefeitura de São Bernardo do Campo
Cidades
Publicado em 16/02/2022

Moradores dos bairros Parque Jandaia e do Jardim Primavera na periferia de São Bernardo estão reclamando que a prefeitura ignora sua existência

Marco Ribeiro / Elias Lubaque

Munícipes de São Bernardo do Campos alegam que o poder municipal não os reconhece nem traz benfeitorias ao local porque trata-se de uma “área pública”, sem explicar ao certo no que isso impede que serviços básicos como iluminação pública, recuperação do asfalto das ruas e até melhorias na praça principal do bairro sejam realizados.

“Em fevereiro de 2021, juntamos alguns moradores, montamos projetos e levamos, pessoalmente, ao gabinete do vereador Danilo Lima. Pedimos coisas que julgamos ser simples como: postes de iluminação na praça João Moura, aparelhos de ginástica ao ar livre para o local, melhoria e complementação da iluminação das ruas, etc. Também pedimos que recuperassem a pavimentação da estrada do Alvarenga, que é a única via de acesso ao nosso bairro, bem como o calçamento do nosso bairro, que ainda somos obrigados a circular com os carros na terra batida”, reclama um dos moradores. “Nessa época de chuvas, aqui fica intransitável e a toda hora temos assaltos por causa dos buracos na via principal”. Assista ao vídeo no link: https://www.instagram.com/tv/CaAL9vNlaBI/?utm_medium=copy_link

Um projeto de melhoria do bairro foi entregue ao vereador com medidas de ruas, fotos, quilometragem e até estimativa de investimento. “Abrimos chamados desde setembro, para que, ao menos, passem tratores para nivelar nosso piso. Mas disseram que a chuva precisa parar para fazer ao menos este serviço”, diz Bruno Braz, analista de sistemas, morador do Parque Jandaia.

Está nos planos da prefeitura de São Bernardo construir estrada ecológica, que irá até Diadema, informam os moradores do Parque Jandaia. Eles temem que a nova via faça com que a antiga seja abandonada de vez.

“Além do mais, a prefeitura de Diadema orienta, através de sinalização de trânsito, que os caminhões, sobretudo os com a carga mais pesada, passem por aqui para chegarem ao Rodoanel, o que prejudica ainda mais as condições do asfalto nesse trecho da Estrada dos Alvarenga”, reclamam os moradores.

Recentemente, aproveitando a visita do vice-prefeito à região tentaram falar com ele. “O senhor Marcelo Lima disse que nada seria feito ali porque era uma ‘área irregular’, que precisava acertar a situação antes de qualquer coisa”. Então a população do Parque Jandaia juntou os documentos que conseguiram: o da fundação dos dois bairros, da década de 60, do século passado, do loteamento, os mapas dos lotes e tudo mais, enfim, tudo em cartório e com a chancela do município. Esse material foi enviado para a assessoria do vice-prefeito que até agora não deu resposta”, desabafou Bruno Braz.

 A única coisa que os moradores do Parque Jandaia e do Jardim Primavera recebem da prefeitura são os carnês do IPTU que chegam pontualmente todo o mês de janeiro.

E aí os moradores indagam: “Nós existimos para o município de São Bernardo do Campo ou não”?

Em resposta o vereador Danilo Lima disse que foi, sim, ao local, e que atendeu os munícipes. “Eu fiz ofícios pedindo esses serviços, avançamos um pouco em algumas questões de zeladoria, o mato que antes demorava mais para cortar, agora segue um cronograma mais preciso. Não sei se você mora ou conhece a cidade, ela melhorou muito nos últimos 5 anos e vem avançando mais a cada dia. Existem locais que ainda falta alguma coisa, mas tenho certeza chegaremos também. Quanto a estrada do Alvarenga em específico, existe o projeto de estrada ecológica que vai acontecer em breve”, pontuou o vereador.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo foi procurada através da Assessoria de Comunicação para questionar o vice-prefeito Marcelo Lima que foi citado pelos moradores na matéria e não respondeu nenhum dos questionamentos.

Leia as dúvidas dos moradores:

Em recente visita à região, o vice-prefeito disse que a prefeitura não poderia fazer as melhorias de praxe porque tratava-se de uma “área pública”. O que quer dizer exatamente isso? Que é um terreno invadido por populares?

Se fosse realmente o que o vice alegará, qual seria o problema de implantar melhorias à população daquele bairro? Em alguma parte da legislação municipal proíbe tal prática? Em qual lei o loteamento estaria enquadrado?

Os moradores levantaram toda a documentação para demonstrar que trata-se de uma área totalmente regularizada há mais de 50 anos, pelo menos. Sendo assim, por que os impostos municipais lhe são cobrados, mas os benefícios mais simples que é direito deles não chegam até lá?

O empreendimento possui um único acesso pela estrada do Alvarenga, que está em péssimas condições de rodagens, podendo provocar acidentes e facilitando a ação de assaltantes. Levando em consideração que é uma via de ligação entre os dois bairros, o restante da cidade e o município de Diadema, por que motivo a estrada não é consertada, recapeada e iluminada para a segurança de seus usuários?

A prefeitura está prometendo criar uma estrada turística e ecológica na região, o que diminuirá o fluxo atual pela Estrada dos Alvarenga. Isso significa que ela será abandonada de vez?

O que a prefeitura de São Bernardo tem a dizer do fato de a administração da vizinha Diadema desviar seu fluxo de veículos pesados para o Rodoanel, passando pela região, o que prejudica ainda o recapeamento asfáltico que já é péssimo?

 

 

 

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