Observador técnico do Flamengo, o Dema, leva jogadores 2010, 2011, 2012 e 2013 para fazer testes em Clubes. Segundo o olheiro e e-jogador, um garoto nascido em 2010 se não tiver um certo equilíbrio com a bola já está perdendo tempo

Elias Lubaque

Na última sexta-feira, 11, na Associação Esportiva Portuguesa do Jd. Miriam à Rádio ABC News entrou em campo para entrevistar o treinador e olheiro mais conhecido como Dema. Ele que já foi jogador e chegou até o sub-17 e acabou desistindo por dificuldades financeiras e tendo que ir trabalhar, como a maioria dos garotos, contou algumas histórias e como prepara a ‘garotada’ para se tornar profissional. A dedicação que tem que ter e muita vontade, afinal como ele diz “ser profissional de futebol, não é fácil”.      

Com um trabalho há dois meses na Portuguesinha, mas com um histórico de 35 anos, Dema chegou a trabalhar no Santos futebol Clube e captar jogadores dos quais muitos deles jogam hoje na Europa, como Caio Jorge, o Gabi Gol que ele levou para o Santos também, Ivonei, vários jogadores, Lucas Veríssimo, Caju.

“Ajudei a formar uma série de jogadores que são famosos e que hoje ‘brilham’ na Europa e ganham bons salários. O jogador já tem que ter um talento, nós somente ensinamos para eles os fundamentos para facilitar o trabalho dele em campo”.

Segundo Dema ir direto para o Cube não é uma vantagem para os adolescentes, isso porque hoje os Clubes cobram o mínimo dos futuros atletas. “Se não tiver fundamento não adianta nem fazer avaliação. Porque ele se perde, os Clubes têm os jogadores deles, que vem treinando, aí você leva um jogador fora de forma, que não tem fundamento, não vai encaixar”.

O jogador tem que ser muito dedicado, porque a concorrência é grande, se preparar para se apresentar em uma peneira, com fundamentos ajuda muito o garoto a passar e ficar no Clube. “O fundamento é saber cabecear, bater na bola, rapidez, agilidade, raciocínio lógico, e então você tem que estar atento na jogada, movimento da bola do jogo. Mas não ultrapassar aquilo que pode fazer, tem que ser no limite da criança. E aí com o tempo se for focado acontece, se não for, não acontece, futebol é sério, para ser um jogador de futebol profissional, não é fácil”, completa Dema.

“Hoje temos esses dois jogadores que estão de saída para percorrer a sua história, um vai para o Ituano e o outro vai para o Itapirense”, comenta Dema, sorridente e feliz pelos garotos.  

Ouça a entrevista (ABAIXO) na íntegra