Em um dia de alívio no mercado internacional, a bolsa de valores voltou a ter forte alta e alcançou o maior nível em seis meses.
O dólar voltou a aproximar-se de R$ 5, chegando a operar em R$ 4,99 por diversas vezes ao longo do dia, com a entrada de fluxos externos.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta sexta-feira (18) aos 115.311 pontos, com alta de 1,98%. O indicador está no maior nível desde 14 de setembro do ano passado.
Com valorização de 3,22% na semana, a bolsa teve o melhor desempenho semanal desde janeiro.
As ações da Petrobras, as mais negociadas, recuperaram-se da queda de ontem (17) e ajudaram a sustentar o índice.
Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionista) subiram 1,22%.
As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 2,13%. Nos últimos dias, os papéis da Petrobras têm experimentado volatilidade por causa de discussões em torno de uma eventual mudança na política de preços para os combustíveis.
O mercado de câmbio também teve um dia de otimismo.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,016, com recuo de 0,37% e no menor nível desde o último dia 9.
Pela manhã, a cotação teve um início tenso, chegando a operar em R$ 5,07, mas caiu durante a tarde com o ingresso de divisas externas.
Essa foi a terceira queda seguida da moeda norte-americana, que caiu R$ 0,15 desde que fechou próxima a R$ 5,16, na última terça-feira (15).
A divisa encerrou a semana com queda de 0,76% e acumula recuo de 2,72% em março e de 9,98% em 2022.
Uma combinação de fatores externos garantiu o arrefecimento no mercado internacional.
Primeiramente, a conversa telefônica entre os presidentes da China, Xi Jingping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, trouxe alívio, após o líder chinês afirmar que trabalha para evitar o agravamento do conflito a qualquer custo.
Em segundo lugar, a cotação internacional do petróleo, estabilizou-se nesta sexta-feira, depois de aumentar 7% ontem.
No plano monetário, o mercado ainda repercute o aumento gradual de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos e o aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) no Brasil. Os juros altos brasileiros estão atraindo capitais estrangeiros, em busca de maior apetite por risco.